Parlamentar também cita cobrança desproporcional a pequenos abatedouros.
Na sessão ordinária desta terça-feira (20), o deputado Ismael Crispin (PSB) disse ter visto em Rondônia uma proteção aos grandes e um açoite em relação aos pequenos municípios. O parlamentar explicou que todos os dias prefeitos e vereadores visitam os gabinetes na Assembleia, sempre pedindo recursos para viabilizar diversas situações.
Ele lembrou que a empresa Energisa, detentora da concessão para distribuição de energia elétrica, deve ao Estado quase R$ 2 bilhões, sendo que 25% desse valor pertence aos municípios. “Não vejo movimentação do Estado para receber esse dinheiro”, adiantou.
Ismael Crispin explicou que o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, fez sérias queixas na reunião das comissões temáticas da Assembleia Legislativa, porque precisa de dinheiro para a pasta. “Representantes da Energisa disseram que pretendem pagar o Estado à vista. É preciso buscar essa receita”, afirmou.
O parlamentar disse, ainda, que pequenos proprietários de abatedouros, que têm de 5 a 10 funcionários, são atacados pelo governo, tendo que pagar taxas retroativas à Agência Idaron.
“É mais de R$ 60 mil que o Estado está cobrando dos pequenos. A própria legislação diz que, para abater até 2.500 cabeças de gado, é necessário pagar mil reais de taxas. Mas tem os que abatem 150 cabeças por mês. Pagar o mesmo valor é desproporcional. Precisamos fazer alguma coisa para salvar o emprego de muita gente”, destacou Crispin.
Texto: Nilton Salina-Decom-ALE/RO
Foto: José Hilde-Decom-ALE/RO