Deputado Ismael Crispin defende saúde econômica de Rondônia

 Em visita ao município de Ji-Paraná na quinta-feira (02), o deputado Ismael Crispin (PSB) esteve no programa de televisão Fala Ji-Paraná e nas rádios Alvorada FM 90,7 e Massa FM 89,9, e rádio Planalto FM 101.7, defendendo a saúde econômica de Rondônia, que está sofrendo com as consequências da publicação da Portaria Conjunta nº 11, que reclassificou Porto Velho e mais 23 municípios para a Fase 1 do plano “Todos por Rondônia”.

A decisão para o retorno da Fase 1, foi tomada na segunda-feira (29), em uma audiência presidida pelo juiz Edenir Sebastião A. da Rosa, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, o Governador de Rondônia, o prefeito de Porto Velho e representantes do MP, MPF, MPT, OAB, comércio, Conselho Municipal de Saúde, secretários municipais e estaduais.

“A Assembleia Legislativa de Rondônia não foi convidada para participar dessa audiência. Talvez pela falta de reconhecimento da importância da Casa de Leis ou porque temos uma sensibilidade diferente do Ministério Público, pois reconhecemos que o povo é o nosso patrão, são eles que pagam os salários da Assembleia e do Ministério Público e por isso não é justo fechar tudo”, ressaltou.

Com o intuito de encontrar alternativas positivas para a economia de Rondônia, o deputado Ismael Crispin apontou que os deputados votaram de forma unânime, para que a pauta da Assembleia Legislativa de Rondônia fosse trancada, ou seja, nenhum projeto será votado e nenhuma sessão será realizada. “O poder Legislativo precisa ser inserido nessas discussões, uma vez que a Casa de Leis é composta por 24 representantes do povo e somos cobrados a todo instante”, disse.

O parlamentar citou também que o “Supremo já decidiu que, além do governo federal, os governos estaduais e municipais têm poder para determinar regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito. “Cada prefeito deve ter autonomia para reconhecer sua realidade e decidir quais medidas devem ser adotadas, entre elas o fechamento do comércio”, justificou.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o mês de maio fechou com um número maior de demissões do que contratações em Rondônia. O setor do comércio foi o que mais contratou, mas também foi o que mais demitiu, apresentando um saldo negativo ao fim do mês. “Muitos pais de família já estavam desempregados e com essa pandemia a chances de se recolocar no mercado de trabalho, reduziram drasticamente. Temos famílias passando por situações precárias, famílias abaladas psicologicamente, famílias se desestruturando”, disse.

Citando como exemplo o município de São Miguel do Guaporé, que está com a maior empregadora com as portas fechadas por determinação judicial, correndo o risco de fechar definitivamente, Ismael Cripsin falou da sua preocupação as consequências do fechamento de tantas empresas. “Estamos enfrentando uma situação de pandemia e precisamos cuidar da saúde do nosso povo, mas precisamos também cuidar da saúde econômica do nosso Estado. Se essa multinacional que gera cerca de mil empregos diretos e quase três mil indiretos no município decidir fechar de vez, a região irá quebrar, os pequenos empresários irão falir, será uma devastação sem precedentes”, finalizou.

Texto: Laila Moraes

Foto: Assessoria 

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